16 outubro 2010

. chamar de amor

 

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Sabe-se lá quem achou, que se deveria chamar a este sentimento louco e ensurdecedor, de “amor”.

Parece mesquinho, irracional e até de mau trato chamar algo de tão profundo de “amor”, uma palavrinha tão pequena, e sem piada. Porque “amor” nem é algo assim tão bonito de dizer, parece belo pelo peso que a palavra traz, pelas recordações que nos afloram ao ouvi-la, pelo que achamos que significa.

Porque para algo tão belo como o “amor” deveria haver palavra à altura. Palavra tão quente como “paixão”. Palavra tão profunda como “dor”, e mais doce que “carinho”.

A palavra perfeita com tantas letras como “loucura”, com tanto peso como “recordação” e com talvez ate um pouco daquele aperto no coração que traz “mágoa”.

Essas sim são palavras belas, daquelas que tocam cá dentro e nos deixam com o pensamento em algo que não vai, que não sara nem deixa apagar.

Ou talvez a palavra nem devesse existir. Afinal quão bom seria ser feliz sem ter de explicar o porquê do calor do peito, saber apenas que se sente. Ou então apenas doer, sem termos de dar um nome à doer, sem o raspar cá dentro sempre ao som da palavra.

É por isso que todos os que até agora tentaram apelidar ou explicar o amor, se viram forçosamente derrotados.

~~*~~

Porque amor não se explica….

sente-se!

1 comentário:

  1. ai daniela, só tu, minha nossa... tu bricaste com s palavras cá de uma maneira ui...
    ta lindo, fantástico...supremo...

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