02 março 2011

Suposto dejá-vu! / subconsciente ?

Voltei a encontrar aquela estabilidade num simples gesto. Pereceu que o mundo parou naquele momento só para eu retirar de mim as saudades acumuladas e disfrutar daquele carinho único e enexplicável.
Derrepente perdime numa outra dimensão muito diferente de tudo o que já vi...Escureceu tudo a minha volta e dei por mim a acordar novamente naquela mesma manhã para ir para a escola. É certo que fiquei preplexa com tudo isto, tinha a certeza de que tinha estado abraçada a alguem muito próximo.
Apavorada, sai da cama correndo em direcção ao espelho do armário, blisquei o braço e...nada, não aconteceu nada. Ainda sentia o aroma dessa pessoa na minha camisola.
Rendi-me á ideia de que tinha tido um dejá-vu e continuei a cumprir o meu quotidiano.
Sentia-me repetitiva, e quando aquele simples gesto se repete, dei-me de conta que estava novamente na cama...Estava a dar em doida, já me antecipava aos momentos do dia, já sabia o que iam dizer, fazer e até acontecer.Ficavam todos espantados quando eu descrevia ao promenor o que ia suceder...
Desta vez em vez de aceitar aquele simples gesto, pensei em tudo o que estava a acontecer e eis que derrepente me surge um sentimento que eu negara sempre que existia dentro de mim. Beijei essa pessoa e depois abraceia-o com toda a força.
O que é certo é que o anoitecer voltou a dar lugar ao inicio de uma bela tarde, e eu dei novamente por mim a partilhar aquele gesto simples, mas acabei por chegar a conclusão de que amava essa pessoa mais do que imaginava!
Só me lembro da espontaneadade com que o beijei e os breves cinco minutos em que consegui tirar verdadeiramente prazer dessa paixão escondida.
Afastei-me, disse adeus e de seguida virei costas. Sentia-me interiormente feliz devido ao facto de me ter expressado e de tambem ter confirmado o quanto nos amáva-mos, mas ao mesmo tempo magoada por dentro ao ter estragado uma grande amizade!
A sensação carinhosamente quente e calmante ficou comigo, o resto ficou com ele. Aprendi não só a amar mas tamem a admitir que amo...E sinceramente ainda não percebi se foi um dejá-vu ou se foi o meu subconsciente a falar alto!

01 janeiro 2011

Hoje disseram-me que ninguém devia mendigar pelo amor de ninguém. Que quem nos ama, irá fazê-lo pelo que somos, e nunca pelo que aparentamos. Disseram-me que o nosso corpo é algo divino, e que oferecê-lo a todo o mundo, não nos fará sentir melhor.

Pediram-me para fechar os olhos e colocar a mão sobre o coração, e enquanto o fazia, disseram-me que Deus havia escolhido para mim alguém especial, alguém que compreenderá a minha dor mesmo que eu a mascare de sorrisos, que me fará vencer o orgulho e como quem pede perdão, ser capaz de pedir ajuda.

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Falaram baixinho, porque falamos sempre baixinho quando queremos que acreditem no que dizemos, e contaram-me que a função dos ombros humanos é apoiar a cabeça dos que neles choram, angustiados e confiantes em nós e na nossa compreensão.

Há alturas, momentos como estes, em que algo de nós encontra uma parte muito além, como se naquele momento, tivéssemos a explicação para toda a nossa vida. E percebi que o amor, esse de que tantos falam banalmente, é algo demasiado poderoso e forte para o deitarmos ao lixo e ignorarmos como se nada fosse.

E descobri, meu amor, que não importa quem venha, não importa quantos demónios nos atormentam, quantas tentações nos coloquem em frente, que há alguém, com que nós sabemos que somos realmente nós.